Face Oculta: defesa de Godinho diz que Namércio foi “rigoroso e exacto”

O advogado Artur Marques tem sido pouco interventivo nas audiências de Aveiro, “por uma questão de estratégia” e por considerar que “o julgamento ainda não começou”, mas aceitou comentar aos jornalistas o depoimento de Namércio, concluído hoje de manhã.

“Tem as suas opiniões, que respeito, mas que estão condicionadas, como ele próprio diz, pela leitura do processo. No que respeita a factos, foi extremamente rigoroso e a afirmação que me parece mais relevante, peremptória, credível, rigorosa e exacta foi a de que nunca teve informação privilegiada. Isto parece-me um aspecto crucial neste processo”, disse o causídico.

Além de concluir a audição de Namércio Cunha, o Tribunal de Aveiro começou a ouvir, na manhã de hoje, o inspector da Polícia Judiciária Carlos Maciel, que analisou algumas peças processuais, sobretudo escutas e fotos.

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Na sequência de questões do procurador Marques Vidal, o inspector Carlos Maciel aludiu igualmente ao episódio da retirada de um transformador da EDP da subestação de Mogofores, Anadia, tendo explicado, com auxílio de escutas, as manobras de Godinho no peso do equipamento.

A empresa ‘O2’, uma das empresas de Godinho, acordara pagar 1.200 a 1.300 euros por tonelada, mas exibiu um talão que atribuía ao transformador um peso inferior ao real em cerca de 12 toneladas.

Publico