ACIB organizou seminário sobre Higiene e Segurança Alimentar
11/27/2009 06:39:00 da tarde Publicado por Ana Jesus Ribeiro
Este seminário teve como público-alvo todos os que na sua vida profissional manuseiam produtos alimentares, empresários e colaboradores de estabelecimentos/actividades do comércio alimentar, responsáveis e funcionários de estabelecimentos de restauração e bebidas, feirantes e vendedores ambulantes.
A abertura do seminário foi feita pela presidente da ACIB, Emília Abrantes, que exortou a importância deste tipo de iniciativas devido à legislação existente sobre esta área, que ainda é desconhecida por alguns profissionais do sector alimentar e às especificidades técnicas deste sector.
A primeira oradora, Ana Sofia Teixeira, consultora de Higiene e Segurança Alimentar e formadora da HM Consultores, que falou sobre as vantagens e benefícios da implementação do sistema HACCP, iniciou a sua apresentação com uma interessante afirmação de que hoje há excesso de burocracia para a implementação deste sistema. As vantagens apontadas foram, essencialmente, o cumprimento da lei, tendo referido também as contra-ordenações , a defesa em acções legais, alertando que os registos, códigos de boas práticas, planos de higiene e de HACCP e amostras testemunha, que são ferramentas valiosas para nos podermos defender em casos legais. Ana Sofia Teixeira focou ainda que um sistema bem implementado aumenta sem dúvida a confiança dos consumidores mas para tal é necessária também a formação e motivação contínua dos operadores do sector.
Seguiu-se a intervenção de Miguel Santos, do Laboratório A3, que abordou a importância da higienização na prevenção de contaminações. O representante deste laboratório esclareceu sobre as definições de contaminação, os vários tipos de contaminação possíveis e depois focou-se nas noções básicas de microbiologia onde definiu um micróbio como um organismo tão pequeno que é invisível a olho nu e que vive no ambiente, nos alimentos, nos animais e no próprio homem. Miguel Santos falou ainda das diferenças entre intoxicação e infecção alimentar e nas consequências das faltas de higiene para o consumidor, para a empresa e mesmo para o manipulador. A terminar, abordou o tema da higienização, da diferença entre limpeza e desinfecção e da relação entre a limpeza e desinfecção e o crescimento microbiano.
A comunicação seguinte esteve a cargo de Carlos Freire, da Planet Dust, que focou um assunto muito importante e que está directamente relacionado com alimentos e seu manuseamento, as pragas: Controlo, Habitat, Alimentação e Reprodução. O responsável da Planet Dust referiu que pragas são todos os animais que estejam no estabelecimento comercial, incluindo cães e gatos. Os operadores da indústria alimentar não devem utilizar os serviços de controlo de pragas só porque é obrigatório, devem ter atenção às empresas que contratam para esse fim, a sua eficácia e formação e devem ter em atenção todas as recomendações dos técnicos, nomeadamente que não devem tocar nos iscos sem luvas ou colocá-los fora do sítio que estava previsto no mapa de iscos.
A última intervenção foi da responsabilidade de Jorge Claro, inspector da ASAE, que explicou a legislação e as regras básicas de higiene e segurança alimentar. Jorge Claro mencionou as das competências da ASAE: avaliar, comunicar os riscos da cadeia alimentar e fiscalizar o sector económico e alimentar. De seguida, fez referência ao ordenamento jurídico da legislação alimentar e sua aplicabilidade. O inspector da ASAE falou das responsabilidades dos operadores na aplicação dos pré-requisitos do sistema de HACCP fazendo referência à falta de formação dos mesmos na área alimentar.
A encerrar, decorreu o debate e o esclarecimento de questões, por parte dos participantes.
[Artigo/Foto enviados pelo Gabinete Relações Públicas da ACIB]