Um pai para Diogo em casa e no campo
10/28/2011 08:44:00 da tarde Publicado por Jolly Jumper
Quando Orlando Simões foi convidado para suceder a Luís Santarino no comando técnico da Académica, avisou apenas a esposa. O filho, Diogo Simões, um dos bases da equipa estudantil, só soube da novidade quando o pai já tinha tudo acertado com a Académica. Mas esse foi dos poucos segredos que Orlando não desvendou à primeira oportunidade, pois a sua relação com Diogo é muito aberta e chegada. Já assim era em casa e continuará a ser no trabalho diário da equipa.
“Sempre quis trabalhar com o meu pai, porque acho que ele ainda pode trazer muito ao basquetebol português. Na Académica existia já um conceito de família, porque somos todos amigos e agora o meu pai será também parte da nossa família”, explica Diogo, que reside em Sangalhos, mas leciona Educação Física no concelho de Anadia diariamente, antes dos treinos da equipa, ao fim da tarde. “Acho que ele tem feito um trajeto interessante [campeão nacional pelo Sangalhos e ex-internacional], para quem não é um profissional do básquete. Já esperava treinar o meu filho há algum tempo e só não aconteceu antes por razões várias. Falamos todos a mesma língua e é normal que nas viagens, quando estivermos a caminho do treino, falemos um pouco mais, para analisarmos isto e aquilo. Mas não falamos muito de básquete em casa e vamos seguir esse princípio”, garante Orlando Simões, de 59 anos.
Leia este artigo na íntegra na edição impressa de Record desta sexta-feira
5 de março de 2012 às 18:13
Bem conheço estes dois senhores se me permitires chamar-te de senhor Diogo. Em campo demonstras ser o que quiseres e liderar uma equipa a que chamas e muito bem de família, logo serás por aqui um senhor.
Esse conceito reserva a todos uma intimidade enorme que deve acontecer nos treinos, nos jogos e noutros momentos festivos.
O significado de família é enorme e pode ser alargado a vários horizontes, mas nunca como o conceito de família de sangue por assim dizer.
Não deve ser fácil trabalhar com o pai, eu pelo menos acredito que com o meu seria algo complicado e fazer a distinção de uma relação emocional, afetiva para entrar logo de seguida numa profissional.
Um jogo de emoções...
Daí deixar estas palavrinhas de incentivo, confiança e intimidade aos dois senhores sangalhenses que ecoam baladas desportivas em terras de sabedoria e conhecimento.
A bela e única Coimbra.