Defesa de homem acusado de matar genro alega que vítima também tinha arma

9/12/2012 12:01:00 da manhã Publicado por Jolly Jumper

O homem acusado de matar o genro a tiro, durante uma visita paternal, diz que o pai da menina "era doente mental". A defesa de António Ferreira Silva não excluiu o vídeo que mostra o sucedido e argumenta que a vítima traria uma arma no bolso e que o arguido disparou em legítima defesa.

A defesa do arguido, António Ferreira Silva, vai tentar provar que agiu em legítima defesa, dado que Cláudio rio Mendes traria pistola no bolso durante o diferendo ocorrido aquando da visita da vítima à sua filha menor, neta do engenheiro agrónomo.

"Ele era uma pessoa doente mental e não estava tratado. Qualquer crise que lhe acontecesse, ele entrava em delírio", afirmou o arguido.

Engenheiro agrónomo, 64 anos, da Mamarrosa, Oliveira do Bairro, foi o primeiro a prestar declarações ao tribunal de júri, na primeira audiência do julgamento, que começou às 10.34 horas desta quinta-feira, no tribunal de Anadia. António Ferreira Silva descreveu a forma como vivenciou os momentos fatais de 5 de fevereiro de 2011.

"Foi instinto de defesa. Houve um momento em que ele disse que acabava comigo. Quando meteu a mão ao bolso visualizei uma arma e achei que ia matar toda a gente. A minha cabeça explodiu naquele momento e comecei a disparar cegamente e não vi mais nada. Eu tinha de defender a minha família perante um homem doente e não tratado, e só parei quando a arma ficou sem munições e disse: acabou", relatou o arguido.

Antes do início do julgamento, Celso Cruzeiro, advogado de António Ferreira Silva, tinha dito que o vídeo feito pela namorada da vítima vai revelar algumas "surpresas", sem especificar.

"Nunca afastámos o vídeo, podendo tê-lo feito. A defesa poderia legalmente ter imposto a sua exclusão dos autos, mas não o fez porque estamos interessados em que se demonstre tudo quanto se passou e o vídeo pode ajudar", disse Celso Cruzeiro.

O advogado dos pais de Cláudio Rio Mendes vai tentar demonstrar que arguido assassinou o ex-companheiro da filha, a juíza Ana Silva, agindo de livre e espontânea vontade, com seis tiros de revólver, quando carregava a neta (filha da vítima mortal) ao colo.