Eleições Autárquicas em Anadia
3/30/2009 02:59:00 da tarde Publicado por Carla Teixeira
PSD/Anadia em bloco ao lado do seu presidente
José Manuel Ribeiro não pondera candidatura independente à Câmara Municipal de Anadia
A Comissão Política de Secção do PSD de Anadia reiterou hoje, em conferência de imprensa realizada na sede da estrutura, o seu “apoio incondicional” à candidatura de José Manuel Ribeiro à Câmara Municipal nas autárquicas do próximo mês de Outubro, apesar de o nome do deputado e actual vice-presidente do grupo parlamentar social-democrata ter sido chumbado pela Comissão Política Distrital no passado dia 2. Escolhido por unanimidade no seio da CPS/PSD, o nome de José Manuel Ribeiro reuniu a esmagadora maioria (94%) dos votos da respectiva Assembleia de Secção, mas esbarrou na recusa, injustificada, da Distrital laranja. Não obstante, o deputado garantiu ao ANADIA SEM GENTE que não pondera desvincular-se do partido para poder avançar com uma candidatura independente: “Sou uma pessoa de partido”, vincou.
Num comunicado lido aos jornalistas pelo próprio José Manuel Ribeiro, a CPS/PSD de Anadia voltou a dar conta da sua “indignação” perante a actuação “ilegítima” da Distrital, e lavrou um “veemente protesto” contra o “acidente” ocorrido na reunião alargada do PSD de Aveiro, esclarecendo que “não há qualquer fundamento” válido para a recusa do nome proposto por aquela comissão política. “Não se pode recusar uma pessoa porque não se gosta dela, porque não se gosta do percurso político-partidário distrital, porque apoiou ou não certos projectos distritais e/ou nacionais, ou porque se está a cumprir ordens de alguém”, lembrou o presidente da secção, sem querer especificar a que ordens, ou de quem, estaria a referir-se. José Manuel Ribeiro deixou bem claro que “a CPS/PSD de Anadia não se demite do exercício das suas competências, antes faz delas ponto de honra da sua actuação, pois representam, não um qualquer capricho ou birra, mas o exercício livre do direito de participação partidária de um conjunto de pessoas que assumem em pleno o mandato que lhes foi conferido directamente pelos militantes”.
Na óptica dos social-democratas anadienses, quem terá extravasado o âmbito da Lei nº 169/99, que estabelece o Regime Jurídico do Funcionamento dos Órgãos das Autarquias Locais, terá sido a própria Comissão Política Distrital, que sem avançar uma qualquer razão válida para isso, resolveu indeferir a candidatura preconizada pela CPS/PSD de Anadia. Questionado sobre a “desobediência” perpetrada pela própria secção, tendo em conta a indicação deixada pela direcção nacional do partido no sentido de reconduzir como candidatos os autarcas actualmente em funções, se estes assim o desejassem, o deputado explicou que, também nesse aspecto, a realidade é clara: “A direcção nacional do partido entendeu dar o seu apoio aos actuais autarcas sempre que possível, e se estes o desejassem. Ora, no nosso entender, há motivações de várias ordens para que Litério Marques não seja candidato pelo PSD, pelo que não consideramos ter violado a indicação da direcção nacional do partido”, sublinhou José Manuel Ribeiro.
O ANADIA SEM GENTE sabe que a Comissão Política de Secção entregou à Distrital e aos órgãos de cúpula do partido um dossier que explana os factos que, para os apoiantes da candidatura autárquica do presidente da Assembleia Municipal são “suficientes” para dar como inviável a recondução no cargo do actual presidente de câmara. Por uma questão de “transparência, imagem e credibilidade”, o nome de Litério Marques deveria ter merecido a recusa do partido, tanto mais que o nome de José Manuel Ribeiro granjeia expressivo acolhimento junto dos órgãos locais do partido e, mais importante ainda, junto da população anadiense. Num paralelismo com os casos de Isaltino Morais (presidente da Câmara Municipal de Oeiras) e Valentim Loureiro (presidente da Câmara Municipal de Gondomar), a quem o partido retirou apoio por estarem envolvidos em processos judiciais, embora na altura não fossem ainda arguidos, José Manuel Ribeiro considerou que “os órgãos competentes têm noção” dos impedimentos associados ao nome de Litério Marques, mas não quis confirmar se o dossier entregue pela CPS/PSD de Anadia contém documentos que possam apontar o actual autarca como possível arguido em qualquer processo judicial.
“O Carnaval foi há pouco”…
Instado a dizer até onde estará disposto a ir para garantir a aprovação da sua candidatura à Câmara Municipal de Anadia, José Manuel Ribeiro enfatizou que “a comissão política de secção é um órgão colegial, que age em colectivo, por maioria, e não apenas com base na vontade do seu presidente”. Por isso, se a Distrital voltar a recusar a sua candidatura – a CPS/PSD de Anadia voltou a propor o seu nome, na última sexta-feira, pelo que a breve trecho haverá lugar a uma nova votação –, “a comissão política de secção terá de reunir novamente, avaliar a situação e agir em conformidade”. No entanto, o deputado garante que não lhe passa pela cabeça avançar como independente ou dissolver a actual comissão de secção: “Esta situação não pode pôr em causa a continuidade de uma equipa eleita”. No que diz respeito aos resultados da reunião alargada da Distrital que culminou no chumbo do seu nome, José Manuel Ribeiro apontou a preferência bem vincada dos órgãos intervenientes no processo (100% dos votos na CPS/PSD e 94% na Assembleia de Secção, e questionou-se sobre se “terá o nome do candidato de ser aprovado com 120% dos votos”.
O presidente dos social-democratas anadienses está convicto de que na reunião alargada do PSD de Aveiro houve “manobras” para recusar o seu nome, e diz mesmo que sabe quem são as pessoas por detrás desse esquema. “Pode a Distrital mascarar a situação com o voto secreto, mas nós sabemos, e temos plena noção do que foi feito, e a seu tempo divulgaremos essa informação. Estamos à espera de ter mais elementos para concluir e anunciar o que se passou. O Carnaval foi há pouco tempo. Eles podem até mascarar-se de índios”, ironizou José Manuel Ribeiro.
Texto de Carla Teixeira
Fotografia (direitos de autor) de Ana Jesus Ribeiro
José Manuel Ribeiro não pondera candidatura independente à Câmara Municipal de Anadia
A Comissão Política de Secção do PSD de Anadia reiterou hoje, em conferência de imprensa realizada na sede da estrutura, o seu “apoio incondicional” à candidatura de José Manuel Ribeiro à Câmara Municipal nas autárquicas do próximo mês de Outubro, apesar de o nome do deputado e actual vice-presidente do grupo parlamentar social-democrata ter sido chumbado pela Comissão Política Distrital no passado dia 2. Escolhido por unanimidade no seio da CPS/PSD, o nome de José Manuel Ribeiro reuniu a esmagadora maioria (94%) dos votos da respectiva Assembleia de Secção, mas esbarrou na recusa, injustificada, da Distrital laranja. Não obstante, o deputado garantiu ao ANADIA SEM GENTE que não pondera desvincular-se do partido para poder avançar com uma candidatura independente: “Sou uma pessoa de partido”, vincou.
Num comunicado lido aos jornalistas pelo próprio José Manuel Ribeiro, a CPS/PSD de Anadia voltou a dar conta da sua “indignação” perante a actuação “ilegítima” da Distrital, e lavrou um “veemente protesto” contra o “acidente” ocorrido na reunião alargada do PSD de Aveiro, esclarecendo que “não há qualquer fundamento” válido para a recusa do nome proposto por aquela comissão política. “Não se pode recusar uma pessoa porque não se gosta dela, porque não se gosta do percurso político-partidário distrital, porque apoiou ou não certos projectos distritais e/ou nacionais, ou porque se está a cumprir ordens de alguém”, lembrou o presidente da secção, sem querer especificar a que ordens, ou de quem, estaria a referir-se. José Manuel Ribeiro deixou bem claro que “a CPS/PSD de Anadia não se demite do exercício das suas competências, antes faz delas ponto de honra da sua actuação, pois representam, não um qualquer capricho ou birra, mas o exercício livre do direito de participação partidária de um conjunto de pessoas que assumem em pleno o mandato que lhes foi conferido directamente pelos militantes”.
Na óptica dos social-democratas anadienses, quem terá extravasado o âmbito da Lei nº 169/99, que estabelece o Regime Jurídico do Funcionamento dos Órgãos das Autarquias Locais, terá sido a própria Comissão Política Distrital, que sem avançar uma qualquer razão válida para isso, resolveu indeferir a candidatura preconizada pela CPS/PSD de Anadia. Questionado sobre a “desobediência” perpetrada pela própria secção, tendo em conta a indicação deixada pela direcção nacional do partido no sentido de reconduzir como candidatos os autarcas actualmente em funções, se estes assim o desejassem, o deputado explicou que, também nesse aspecto, a realidade é clara: “A direcção nacional do partido entendeu dar o seu apoio aos actuais autarcas sempre que possível, e se estes o desejassem. Ora, no nosso entender, há motivações de várias ordens para que Litério Marques não seja candidato pelo PSD, pelo que não consideramos ter violado a indicação da direcção nacional do partido”, sublinhou José Manuel Ribeiro.
O ANADIA SEM GENTE sabe que a Comissão Política de Secção entregou à Distrital e aos órgãos de cúpula do partido um dossier que explana os factos que, para os apoiantes da candidatura autárquica do presidente da Assembleia Municipal são “suficientes” para dar como inviável a recondução no cargo do actual presidente de câmara. Por uma questão de “transparência, imagem e credibilidade”, o nome de Litério Marques deveria ter merecido a recusa do partido, tanto mais que o nome de José Manuel Ribeiro granjeia expressivo acolhimento junto dos órgãos locais do partido e, mais importante ainda, junto da população anadiense. Num paralelismo com os casos de Isaltino Morais (presidente da Câmara Municipal de Oeiras) e Valentim Loureiro (presidente da Câmara Municipal de Gondomar), a quem o partido retirou apoio por estarem envolvidos em processos judiciais, embora na altura não fossem ainda arguidos, José Manuel Ribeiro considerou que “os órgãos competentes têm noção” dos impedimentos associados ao nome de Litério Marques, mas não quis confirmar se o dossier entregue pela CPS/PSD de Anadia contém documentos que possam apontar o actual autarca como possível arguido em qualquer processo judicial.
“O Carnaval foi há pouco”…
Instado a dizer até onde estará disposto a ir para garantir a aprovação da sua candidatura à Câmara Municipal de Anadia, José Manuel Ribeiro enfatizou que “a comissão política de secção é um órgão colegial, que age em colectivo, por maioria, e não apenas com base na vontade do seu presidente”. Por isso, se a Distrital voltar a recusar a sua candidatura – a CPS/PSD de Anadia voltou a propor o seu nome, na última sexta-feira, pelo que a breve trecho haverá lugar a uma nova votação –, “a comissão política de secção terá de reunir novamente, avaliar a situação e agir em conformidade”. No entanto, o deputado garante que não lhe passa pela cabeça avançar como independente ou dissolver a actual comissão de secção: “Esta situação não pode pôr em causa a continuidade de uma equipa eleita”. No que diz respeito aos resultados da reunião alargada da Distrital que culminou no chumbo do seu nome, José Manuel Ribeiro apontou a preferência bem vincada dos órgãos intervenientes no processo (100% dos votos na CPS/PSD e 94% na Assembleia de Secção, e questionou-se sobre se “terá o nome do candidato de ser aprovado com 120% dos votos”.
O presidente dos social-democratas anadienses está convicto de que na reunião alargada do PSD de Aveiro houve “manobras” para recusar o seu nome, e diz mesmo que sabe quem são as pessoas por detrás desse esquema. “Pode a Distrital mascarar a situação com o voto secreto, mas nós sabemos, e temos plena noção do que foi feito, e a seu tempo divulgaremos essa informação. Estamos à espera de ter mais elementos para concluir e anunciar o que se passou. O Carnaval foi há pouco tempo. Eles podem até mascarar-se de índios”, ironizou José Manuel Ribeiro.
Texto de Carla Teixeira
Fotografia (direitos de autor) de Ana Jesus Ribeiro