Os cães das nossas ruas

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Como o JP, mesmo de longe gosto de acompanhar a nossa terra!

E cá estou também para me juntar à causa que tão bem se podia chamar: "Vamos dar um lar aos cães das nossas ruas"

Penso que seremos todos sensiveis à causa dos animais abandonados. (Quero pensar que sim!)

Penso também, que aqueles que se sensibilizam ao ver um cão mal tratado a deambular nas ruas da nossa terra, terá toda a legitimidade de se sentir pequenino perante esta situação.

A minha rua é palco de cães abandonados.

Tivemos a Pepita e o seu "cãopanheiro" Zé, que durante muito tempo foram acarinhados e tratados por todos nós. Tiveram filhotes que foram distribuidos a pessoas que ainda hoje os têm... Um dia a Pepita e o Zé resolveram "abalar".

Não disseram nada, mas sabemos que nos ficaram agradecidos pela amizade. E nós também.

Hoje em dia a história repete-se com mais alguns amiguinhos que lá andam a passear. Recebem comida e repelente para as pulgas.

Isto passa-se na minha rua. Mas até quando? E nas outras? Como será?!

Tenho 3 cães... Sempre tive cães. Custa-me esta situação.

Custa-me também saber que no dia 26 de Junho de 2009 foi uma vez mais apresentado este assunto numa sessão extraordinária da Assembleia Municipal a qual podem ler aqui.


CÃO

Cão passageiro, cão estrito,
cão rasteiro cor de luva amarela,
apara-lápis, fraldiqueiro,
cão liquefeito, cão estafado,
cão de gravata pendente,
cão de orelhas engomadas,
de remexido rabo ausente,
cão ululante, cão coruscante,
cão magro, tétrico, maldito,
a desfazer-se num ganido,
a refazer-se num latido,
cão disparado: cão aqui,
cão além, e sempre cão.
Cão marrado, preso a um fio de cheiro,
cão a esburgar o osso
essencial do dia a dia,
cão estouvado de alegria,
cão formal da poesia,
cão-soneto de ão-ão bem martelado,
cão moído de pancada
e condoído do dono,
cão: esfera do sono,
cão de pura invenção, cão pré-fabricado,
cão-espelho, cão-cinzeiro, cão-botija,
cão de olhos que afligem,
cão-problema...
Sai depressa, ó cão, deste poema!

Alexandre O'Neill
Poesias Completas. 1951-1986
Lisboa, INCM, 1990 (3ª ed.)

Desculpem mas insisto no Canil

Mesmo longe gosto de acompanhar a realidade anadiense.
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Há uns dias falei aqui na falta de um canil no concelho. Parece que não sou o único a ver que a falta de um canil traz problemas. E é uma lacuna que tem que ser resolvida em breve. Num dos blogues do Concelho (Alpa 1967) o tema foi nestes dias abordado.

(...) No que refere a consultar as entidades competentes referida no artigo do Jornal da Bairrada pelo actual Presidente da Junta Veiga neste momento escrevi o seu nome porque deu a cara( eu pela freguesia já dei o B. I . e o N. C. ...) passo a registar a situação gravíssima e que depois de contactar as respectivas autoridades competentes, passo a descrever : A Junta de Freguesia de Avelãs de Cima no dia 14 de Janeiro encontava-se encerrada , no local da Figueira uma cadela vadia e perigosa para as crianças do lugar vagueia pela localidade... Telefonei para a G. N. R. de Anadia...
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Disseram que o assunto pertencia à C. M. de Anadia... telefonei e disseram que o Veterenário... o sr Carlos resolveria o problema.... telefonei ao sr Carlos e o sr Carlos por telefonema pôs-me ao corrente da incapacidade da resolução deste problema porque a C. M. Anadia não dispõem do equipamento neste dia porque emprestaram o equipamento ao Munícipio de Vagos.............. " in: Alpa 1967