Juíza acusada de iludir falecido com falsa tentativa de reconciliação
9/17/2012 02:08:00 da tarde Publicado por Jolly Jumper
Cláudio Rio Mendes sentiu-se “enganado e traído” depois da “uma tentativa de reconciliação” com a ex-companheira e expetativas de ficar mais próximo da filha.
Segundo o depoimento do irmão mais novo, Celso Modesto, ouvido no tribunal de Anadia, a reaproximação da juiza Ana Joaquina “foi só” para o falecido desistir de fazer valer os seus direitos de pai.
Cláudio Rio Mendes exasperou-se numa conversa dura com ex-sogro. Acusa-o de ter sido “mau pai” mas não fica por aí: “A Ana prostitui-se comigo”, disse ao autor do homicidio.
Celso Modesto recordou o “comentário” do irmão depois da frase que abalou António Ferreira da Silva, como o próprio já reconheceu no seu depoimento.
Claudio Rio Mendes e Ana Joaquina passam uma noite, num motel. “O meu irmão colocou um processo de regulação parental e no último dia desistiu. Mais tarde percebeu que não foi levado a sério”, disse o irmão a instâncias do advogado dos assistentes (familiares do falecido).
A juíza é, justamente, a próxima testemunha no tribunal, tendo o seu depoimento agendado para sexta-feira, de manhã.
A defesa de António Ferreira da Silva, o engenheiro agrónomo que responde por homicidio do ex-genro perante tribunal de juri, questionou na quarta audiência a divulgação pública do vídeo do crime.
Celso Mendes, apesar de ter ficado com o telemóvel onde estavam as imagens da fatídica visita no parque do Rio Novo, em Mamarrosa, feitas por uma sobrinha da então namorada do irmão, negou ter descarregado o ficheiro ou sequer visto o filme que duas semanas depois é posto a circular na Internet, causando choque na opinião publica.
Além da autora do filme e do irmão da vítima só a PJ de Aveiro teve nas mãos o equipamento de modelo iphone que devolve depois de fazer uma cópia dos conteúdos. Mas a pedido do Ministério Público, um dia depois, requer nova apreensão. Ate hoje.
A defesa de Ferreira da Silva suspeita de manipulação das imagens, avançando com a hipótese de terem sido apagados dois ficheiros, possivelmente filmes, e, dessa forma, poderá ter ficado uma “uma visão amputada e parcial” dos acontecimentos trágicos.
Da audiência, ficou ainda o relato de uma testemunha que disse ter sido ameaçada de arma em punho pelo arguido por este desconfiar que andava a despejar lixo numa propriedade sua.
Discurso directo
"O ex-sogro se tinha muita pressão pela filha e mulher seria capaz de atitudes violentas. Não tenho dúvida que [Cláudio] tinha medo. Pediu-me para acompanhá-lo, por ter licença de uso e porte, ´por favor leva arma´. Perguntei se ia para um faroeste. Fui um bocado leviano, agora vejo o que aconteceu" - Rui Manuel, de um grupo de entre-ajuda parental.
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