José Cid: "Pedi 500 mil euros à Playboy para posar nu"

Este ano é chique passar férias em Portugal?
Sinceramente, não sei o que é chique. Mas temos um litoral fantástico, sobretudo no Sul, com praias de excepção.
Não é por acaso que quando os romanos chegaram à Península Ibérica, o Sul já era o território mais ocupado. E este ano o Governo organizou uma dinamização do Sul, muitos concertos e festas, o que é bom. Também vou lá estar.

A crise também o vai por a jogar à carica na praia?
Não tenho tempo para ir à praia. Tenho uma piscina fabulosa em casa. A água é verde e não azul, porque não uso químicos. Das três à cinco da tarde, abro a piscina a toda a população da minha freguesia e refugio-me na sesta ou no estúdio. Quando toca o sino, já sabem que é para sair.

É uma espécie de serviço público?
Se quiser, pode chamar-lhe isso. Mas fazia-me impressão saber que tenho a piscina e que algumas crianças vinham cá só para ver como é. É a minha maneira de contribuir para a felicidade de alguém.

Que político imagina a tentar evangelizar eleitores na praia?
Talvez o primeiro-ministro, em fato de banho, já que foi eleito o homem mais sexy de Portugal...

Que político deveria ficar de privado de férias este ano?
Eles já estão todos privados, andam todos preocupados com as campanhas eleitorais. Aliás, já me ligaram para me contratar.

E aceitou?
Aceitei, claro. Vou dar concertos da Esquerda à Direita. Compram o meu trabalho; não compram as minhas ideias.

Quem gostaria de enterrar na areia?
Uma pessoa muito bonita. Gostava de enterrar a Sílvia Rizzo, se pudesse deixar-lhe a cara de fora. É muito bonita.

Já foi a Porto Covo só para roer uma laranja na falésia?
Já. E já lá cantei esse tema fantástico do Carlos Tê.

Repara em quem repara em si?
Claro. E acho um piadão. Sobretudo quando as mulheres olham para um certo sítio que eu tenho nas calças. Às vezes, os homens também olham.

A Playboy é leitura de praia?
O próximo número é porque venho lá eu numa grande entrevista. Perguntaram-me se aceitava posar nu para eles. Disse que sim. Perguntaram-me o cachê. Disse: 500 mil euros. Pedir não custa, não é?

Publicado em JN, a 16 de Agosto de 2009