Anadia soma e segue

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O jogo iniciou-se com toada de parada e resposta mas foi o Anadia a equipa que criou as melhores jogadas de ataque colocando a baliza de Manuel Fernandes em apuro e por duas ou três vezes valeu a fraca pontaria dos avançados bairradinos. Entretanto, o Grupo Desportivo de Mangualde passou a trocar melhor a bola a partir do seu meio-campo e dos 15 aos 25 minutos, teve o golo à vista por três ou quatro vezes, com Amílcar a falhar escandalosamente o golo. O Anadia sentiu a necessidade de procurar, de novo, o equilíbrio de forças. Perante a ineficácia e falta de concretização dos mangualdenses foi o conjunto orientado por João Pedro Mariz que ‘decidiu’ marcar, numa jogada de ataque pela direita, com a bola a ser centrada para o coração da pequena área do Mangualde onde surgiu, oportuníssimo, Diogo André a antecipar-se a Manuel Fernandes e a empurrar para dentro da baliza. Estava aberto o activo e cabia aos locais procurar agora anular o prejuízo. A turma comandada por Jorge Valente pressionou um pouco mais e Janeiro falhou o pontapé à frente da baliza. Até ao intervalo mais nada de registo se verificou. O resultado premiava a equipa que mais eficaz se mostrou até então.
Para a segunda parte Jorge Valente deixou nas cabinas Sérgio e Roberto. Foi troca por troca, já que a entrada de Zé Pedro e de Lopes foi para, respectivamente, reforçarem a defesa e o ataque. Mas o Mangualde teve mais um contratempo imediato. Numa falta cometida pela defesa mangualdense, Vítor Hugo converteu o livre e, com toda a passividade, os defesas deixaram que surgisse Chico Trabuca a desviar de cabeça para o fundo da baliza, como Manuel Fernandes a tocar ainda no esférico. As coisas ficaram ainda mais difíceis para o conjunto da casa. A chuva beneficiava os forasteiros porque bastava-lhes defender e contra-atacar aproveitando a subida dos donos da casa. Ruben Ramalho e Simões falharam o terceiro. No primeiro caso foi evitado por uma grande defesa de Manuel Fernandes e na segunda ocasião, Simões de cabeça atira ao lado.
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O Mangualde sentia dificuldades na sua movimentação, não tanto pelo que o adversário conseguia anular, mas porque a ânsia de chegar ao golo levava a equipa a descurar o seu sector mais recuado, demorando depois a recuperar a posição. Assim, o Anadia que parecia melhor adaptado ao relvado escorregadio, devido à chuva miudinha que caiu ao longo de todo o encontro.
Entretanto, Amílcar, sozinho no meio da defesa bairradina era presa fácil e não conseguiu, por uma única vez, no segundo tempo criar o habitual perigo e que algumas vezes se concretiza em golos. De facto, o brasileiro acabou estoirado frente a adversários que se limitavam a defender e a contra-atacar.
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Curiosamente, apesar de estar a vencer era o Anadia a equipa que mais vezes subia, ainda que através de passes longos, e que continuava a criar situações de golo. Por seu turno, à mediada que o tempo decorria o Mangualde foi-se ‘entregando’, demonstrando falta de condição física em cima do relvado molhado e também de crença nas suas potencialidades. Desse modo, o Anadia acabou por vencer justamente, já que foi a equipa que mais eficaz se mostrou e aquela que mais fez por marcar.


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Jogo no Estádio Municipal de Mangualde
Árbitro: João Laranjeira (AF Coimbra)
Auxiliares: Sérgio Piroto e Mário Gonçalves
Resultado ao intervalo: 0-1
Marcadores: Diogo André (42’) e Chico Trabuca (47’)
Acção disciplinar: Cartão amarelo: Vítor Hugo (12’), Cartaxo (25’), Simões (73’), Paulito (87’) e Chico Trabuca (94’)
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Publicado em Mangualde Online