Férias de luxo
8/06/2009 01:37:00 da tarde Publicado por Ana Jesus Ribeiro
Férias de luxo
Seguindo a velha máxima de que vivemos numa era em que os ricos estão mais ricos, e os pobres estão cada vez mais pobres, falar de férias entra também em extrema diferença social.
[...] Em termos económicos, é possível usar o indicador "férias", para avaliar o real impacto que a crise está a ter na sociedade europeia. E as conclusões serão muito interessantes, porque as pessoas que faziam férias continuam a tê-las e os que não tinham férias, continuam a não ter. ou seja, será que realmente estamos a viver uma crise? Ou será que a "crise" é um nome novo para rotular o que vivemos, há já muitos anos a esta parte? Eu voto na segunda hipótese.
[...] Por cá, os portugueses mais pobres têm duas opções: ou continuam a não fazer férias ou viajam alguns quilómetros até encontrarem um bom parque de campismo com boas sombras, e uma praia bonita.
[...] As pessoas que não têm carro, especialmente os mais idosos, continuam a usar o velhinho autocarro (carreira) que passa de terra em terra bem cedo. De farnéis carregados, lá seguem para a praia mais próxima, passando um dia diferente e sempre aprazível.
Para as pessoas que não têm possibilidade ou hipótese de conseguir férias, até pode ser bom sinal, significando que até vão tendo trabalho. Mas que fazem as inúmeras famílias nesta situação?
Ao domingo, enchem o carro com o farnel, os equipamentos da praia e rumam também para um dia diferente. E durante a semana? Pois, aqui torna-se tudo mais complicado. Isto, porque as Juntas de Freguesia não têm a mais pequena preocupação com a ocupação dos tempos livres da população em geral. Não querendo invadir territórios alheios, falo da minha freguesia (Vilarinho do Bairro), que parece um deserto autêntico. Não há uma actividade planeada para os mais novos, para os menos novos ou simplesmente para os novos. Mas este assunto já não é novo, tem barbas bem longas. [...]
[Excerto de Artigo de Opinião da autoria de Henrique Fidalgo, Vice-Presidente da AIESEC em Angola, Publicado no Jornal da Bairrada]
6 de agosto de 2009 às 20:20
Férias, são um direito legal, a que todos os trabalhadores, por conta de outrém, têm.Mas ninguém é obrigado a gastá-las a esturricar ao sol , a procurar virgens, no Brasil (praias, claro), a banhar-se em águas sulfurosas, ou a fazer sku na neve duns Alpes quaisquer.
Férias, para mim, é mais a liberdade de poder não rir das piadas imbecis do chefe,e de não sorrir sempre que corrijo mais um erro da boa, mas burra, namorada do patrão. ( Isto é uma situação fictícia.Por isso,qq semelhança com a realidade é pura imaginação.Nem o meu patrão tem uma namorada nem ela é burra)
Relativ/à falta de alternativas,para as crianças e jovens, isso já é mais sério e prende-se, sobretudo, com a falta de estratégia e de visão futura da nossa governança municipal.
7 de agosto de 2009 às 14:26
Uma coisa é certa: cada qual encara as férias consoante as vivências que teve de há um ano para cá. É gerir para o equilíbrio, sempre. O nosso e dos outros, com quem lidamos quase todo o ano. Quanto à despreocupação das Juntas em dinamizar actividades nas férias... deverá ser por ser mês de férias também para as Juntas, julgo. Boas férias, ou o que queiram chamar, a todos, à sua maneira e possível.