Espumante cresce 10% e enche 1,4 milhões de garrafas

12/15/2009 04:00:00 da tarde Publicado por Jolly Jumper

Bebida certificada da Bairrada representa mais de metade da produção do país
Espumante cresce 10% e enche 1,4 milhões de garrafas
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A produção de espumante certificado da Bairrada deverá atingir este ano 1,4 milhões de garrafas, um crescimento de cerca de dez por cento em relação ao ano passado, segundo dados fornecidos à Lusa pela Comissão Vitivinícola.

A região da Bairrada representa mais de metade da produção de espumante do país - cerca de seis milhões das 11 milhões de garrafas - se tivermos em conta não apenas o certificado mas todo o espumante, proveniente de produtores individuais, adegas cooperativas e caves.

Bairrada é principal produtora de espumante do país
A Bairrada é, por isso, a «principal produtora de espumante do País, apesar de só uma parcela da produção ter denominação de origem da região», disse à Lusa José Pedro Corte Real, secretário-geral da Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB), sedeada em Anadia.

«Mesmo em cenários de crise, o espumante da Bairrada sempre teve um comportamento honroso e, paulatinamente, tem aumentado todos os anos».

O espumante da Bairrada é consumido sobretudo em Portugal mas é também exportado para Brasil, Espanha, Canadá e Angola, este último um mercado que começa a ter uma «grande apetência» sobretudo para os meio-secos.

Exportado para Brasil, Espanha, Canadá e Angola
Angola é, de resto, o principal mercado de exportação dos vinhos tranquilos (não espumosos) da região da Bairrada (40 por cento ultrapassa a fronteira) e «poderá vir a ter uma grande importância no consumo dos espumantes», na opinião do responsável pela Comissão Vitivinícola.

Canadá e Estados Unidos são outros «mercados de interesse» para o espumante da Bairrada e que, durante os próximos três anos, estarão também no centro das campanhas de promoção do produto no exterior.

«São mercados com grandes potencialidades e para onde esperamos que as exportações possam subir», disse José Pedro Corte Real.

Em Portugal, o consumo de espumante «está a alterar-se», deixando de estar associado apenas a festividades, como o Natal, Ano Novo, Páscoa ou aniversários.

«O espumante tem uma capacidade quase universal de casar bem com todo o tipo de pratos gastronómicos, incluindo os avinagrados», afirmou Corte Real, acrescentando que «em cada casa da Bairrada há sempre uma garrafa no frigorífico», pronta para ser aberta.

Espera-se que o espumante venha a ter «um papel mais importante» na Região Vitivinícola da Bairrada, assumindo-se como um «embaixador da região, aliado ao leitão», disse aquele responsável.

Com uma área de 9.500 hectares de vinha, a Bairrada é apontada como a região do País onde a produção de espumante terá começado, no final do século XIX, mantendo até hoje a «técnica mais nobre, também chamado método clássico, de fermentação em garrafa.

Dos cerca de 90 produtores/engarrafadores da região, 50 são também de espumante, que para ter denominação de origem certificada terá de ser submetido a um estágio mínimo de nove meses e produzido com castas da região, sendo utilizadas a tinta Baga e as regionais brancas Bical e Cercial, bem como as brancas Arinto e Fernão-Pires (designada na Bairrada por «Maria-Gomes»).
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Publicado em Agência Financeira

9 comentário(s):

  1. Anónimo disse...

    Ora aqui está um tópico com uma imagem que está a altura do que eu queria dizer:

    Peço perdão Jolly Jumper pelo Off-Topic


    Hoje dia 15 de Dezembro de 2009, passados 1 ano e uma "semanita", ninguém por estas bandas mencionou a Grande Vitória de José Manuel Ribeiro!!! Ainda esperei uma semana para ver...mas nada!!!

    Será que um acto Democrático previsto nos estatutos do Partido Social Democrático, que foi aquele que nos últimos tempos melhor enobreceu a Secção do PSD de Anadia, não é merecedor de ser assinalado, lembrado?

    Porque será que os "arranjos anti-democráticos" que tiveram lugar por oportunismo de uma frase de uma PÉSSIMA líder do Partido, acobertados pelos interesses da Distrital e de uma minoria de Anadia, que premiaram e fizeram triunfar os menos aptos, deverão fazer sombra a tão Nobre marco de MUDANÇA??

    Atitudes que nos carregam num misto de vergonha(actual) e de esperança(Futura) para um PSD-Anadia Melhor, pois saber esperar sempre foi uma grande virtude, daqui a um ano espero que a Concelhia volte ainda com mais força e alma, que reúna os melhores os mais capazes e audazes, para que se possa finalmente reunificar o PSD de Anadia para viabilizar uma verdadeira caminhada de esperança e prosperidade para o nosso Concelho.

    Quero por isso, aqui deixar os meus mais sinceros e esperançados

    Cumprimentos

  2. Anónimo disse...

    Vamos lá ver se este argumentário será suficiente para impedir, que um dia, quando o TVG passar às portas da bairrada, se abra uma autoestrada no meio do coração da bairrada varrendo hectares de vinha, sim, a mesma que representa metade da produção do pais....

  3. Hakeem disse...

    Creio que os grandes produtores têm meios para fazerem valer os seus direitos. Quem precisa ser protegido são os pequenos proprietários que normalmente têm menos recursos.

  4. Anónimo disse...

    Hakeem, vesse mesmo que não percebes nada de "peuqenos propriétarios", quando falas em espumante.
    Conheces algum que tenha uma "pequena produção", que não esgote imediatamente o seu stock??? Devo dizer-te que na Bairrada à poucos, e olha que sou provante de várias coleitas....

    Os grandes produtores, tem meios??? hahaha deixa-me rir... Se não puderem produzir, para vender, e para serem grandes, quero ver como conseguem... com que meios.

    estamos a falar de uma realidade da Bairrada, que junta no mesmo copo, pequenos e grandes produtores. Uns com marca outros sem marca, mas que no conjunto abastecem metade da produção do pais.
    Com a mera hipotese de uma autoestrada no meio das vinhas, fica reduzida também a possibilidade de assegurar a manutenção deste objectivo, e menos, de o ver crescer.

  5. Hakeem disse...

    Anónimo, os seus argumentos são bastante confusos e dispersos.

    Em 1º lugar não sabe se eu conheço poucos ou muitos pequenos e grandes produtores de espumante.

    Em 2º lugar eu falei em pequenos proprietários e não em pequenos produtores (daí talvez alguma da confusão...)

    Em 3º lugar, nota-se que não sabe o que é um processo de expropriação, e acima de tudo, que normalmente quem tem mais dificuldades em obter uma indemnização justa são os pequenos PROPRIETÁRIOS devido à falta de recursos que normalmente têm (advogados, avaliadores judiciais, etc...). Normalmente os grandes proprietários têm esses recursos à disposição e conseguem receber uma indemnização justa pela actividade económica que foi afectada, ao contrário de quem perde a vinha que tem ao fundo do quintal, ou o campo onde planta as batatas que vai comer durante o ano seguinte. Acredite que quem precisa de ser MAIS PROTEGIDO são os pequenos proprietários. Os grandes, como de costume, vão-se safar com belas indemnizações e compram depois mais umas vinhas e continuam com o seu negócio. Talvez até com lucro!

    Por tudo isto, repito, quem mais precisa de protecção (informação e apoio judicial) são os pequenos proprietários.

    Por fim, gostava de esclarecer que eu sou contra a construção do TGV Lisboa-Porto. Acho que neste momento seria muito mais sensato poupar neste investimento e manter a circulação do ALFA. Quando os cofres da Estado estiverem mais aforrados talvez se possa pensar nesta construção, mas até lá acho um grande desperdicio de dinheiro.

  6. Sérgio Bandeira disse...

    Eu também acho que gastar dinheiro em Espumante numa altura destas é um grande desperdício de dinheiro.
    Para aproveitar o teu raciocínio, Hakeem.
    Mas ainda bem que há pessoas que o fazem, porque os produtores precisam de viver.
    E eu também o compro. Não há muito dinheiro, mas continuam a haver momentos com os amigos e a família que merecem um bom espumante... Há oportunidades que se aproveitam ou se esquecem...
    Não faço a mínima ideia se o TGV é um bom investimento ou não. Desconheço os dados, ignoro o mercado e as suas tendências, nem de longe sou um especialista na áres de transportes de passageiros e mercadorias, etc.. Mas, como estamos em Portugal, uns bitaites à treinador de bancada ficam sempre bem, não é?

  7. Anónimo disse...

    Grandes produtores, pequenos proriétarios, grandes proprietários, pequenos produtores, são conceitos que se referem à mesma coisa, logo não ha confusão nenhuma... estamos a falar do negocio vinicula.
    Depois, seja grande ou pequeno, quando estamos em sede de expropriações, que conta como sabe, é o valor de matriz, que ainda deve estar em escudos, logo não há justiça que valha a uma indemnização, que não valor registado.
    Logo não há confusão nenhuma.... embora saiba que quer falar de uma coisa que sabe, mas não explica.

  8. Hakeem disse...

    Bandeira, só morre ignorante quem quiser. Ninguem nasce ensinado. Nem eu, nem tu, nem o anónimo que aqui colocou 2 comentários.

    A opinião que postei foi com base nos dados de que disponho, ou seja, é a MINHA opinião depois de analisar a informação de várias fontes. Se é melhor ou pior que a opinião das outras pessoas, isso já é uma história completamente diferente: fica ao critério de quem quiser comparar os diversos pontos de vista e as respectivas fundamentações técnicas, económicas, etc...

    E, continuando "aquele" raciocínio, eu também já gastei bastante dinheiro ao longo de todo o ano em espumante (quase todo da Bairrada), mas isso não significa que vou agora comprar mais do que o que preciso para esta época de Natal e de passagen de ano.

  9. Hakeem disse...

    Anónimo, num processo de expropriação o valor da propriedade é reavaliado, e nada tem a ver com o valor que aparece na matriz. Esse valor é referente ao IMI.