Ainda o TGV
2/09/2010 03:49:00 da tarde Publicado por Jolly Jumper
Reunidos na passada quarta-feira, dia 3, no Salão Nobre da Sede da Junta de Freguesia de Tamengos, meia centena de populares ficou conhecedora do projecto de Alta Velocidade que atravessa a sua freguesia no troço Soure - Oliveira do Bairro e, mais concretamente, os traçados 4 e 5.
Um grupo de pessoas preocupadas com o futuro da Freguesia de Tamengos e dos conterrâneos, começou a trabalhar esta temática. Tirou fotografias, fez levantamentos, montou imagens, redigiu textos, produziu apresentações e preparou a referida sessão de esclarecimentos.
Após a apresentação dos dois traçados e vendo o que irá mudar na freguesia de Tamengos e vizinhas, discutiram-se vários aspectos, nomeadamente as consequências que a execução deste projecto trará para a Curia (ruídos, vibrações e o inestimável impacto na qualidade da água). Referiu-se ainda o muro que separará a freguesia (desde o início de Tamengos do lado de Ventosa até à Cabreira, passando pela Quinta de Horta e seguindo em direcção a Óis do Bairro e São Lourencinho), asim como a devastação de parte do pulmão da freguesia (Cabreira) e as consequências que trará à fauna. Saliente-se também as dificuldades acrescidas na mobilidade dentro e a atravessar a freguesia (imagine-se, por exemplo, que uma idosa tem uma horta com couves e, a 50 metros, com cenouras: depois do TGV, terá que andar dois quilómetros para chegar das couves às cenouras!!!).
A conclusão foi simples: há que manifestar o descontentamento com o traçado 5.
No dia seguinte, este grupo de trabalho redigiu o documento que enviou para a Agência Portuguesa do Ambiente. (...)
Sabendo que poderia ter sido muito melhor, é de facto extraordinário como uma população motivada se mobiliza e trabalha!
Trezentas e vinte e uma assinaturas, em menos de 24 horas, é obra! O mérito seja dado ao povo que se emprenhou.
Este grupo de trabalho agradece, publicamente, a colaboração de diversas instituições e pessoas do concelho da Mealhada, nomeadamente a da Junta de Freguesia de Antes, por todo o material cedido e motivação passada, a da Junta de Freguesia de Ventosa do Bairro e ainda da Câmara Municipal da Mealhada pelo seu Sistema de Informação Geográfica actualizado e pela sua cedência a munícipes "estrangeiros".
Obviamente também se deve referir o apoio da Câmara Municipal de Anadia naquilo que lhe foi possível fazer do muito que poderia ter feito e da Junta de Freguesia de Tamengos pela disponibilidade e empenhamento na mobilização da população.
Um grupo de pessoas preocupadas com o futuro da Freguesia de Tamengos e dos conterrâneos, começou a trabalhar esta temática. Tirou fotografias, fez levantamentos, montou imagens, redigiu textos, produziu apresentações e preparou a referida sessão de esclarecimentos.
Após a apresentação dos dois traçados e vendo o que irá mudar na freguesia de Tamengos e vizinhas, discutiram-se vários aspectos, nomeadamente as consequências que a execução deste projecto trará para a Curia (ruídos, vibrações e o inestimável impacto na qualidade da água). Referiu-se ainda o muro que separará a freguesia (desde o início de Tamengos do lado de Ventosa até à Cabreira, passando pela Quinta de Horta e seguindo em direcção a Óis do Bairro e São Lourencinho), asim como a devastação de parte do pulmão da freguesia (Cabreira) e as consequências que trará à fauna. Saliente-se também as dificuldades acrescidas na mobilidade dentro e a atravessar a freguesia (imagine-se, por exemplo, que uma idosa tem uma horta com couves e, a 50 metros, com cenouras: depois do TGV, terá que andar dois quilómetros para chegar das couves às cenouras!!!).
A conclusão foi simples: há que manifestar o descontentamento com o traçado 5.
No dia seguinte, este grupo de trabalho redigiu o documento que enviou para a Agência Portuguesa do Ambiente. (...)
Sabendo que poderia ter sido muito melhor, é de facto extraordinário como uma população motivada se mobiliza e trabalha!
Trezentas e vinte e uma assinaturas, em menos de 24 horas, é obra! O mérito seja dado ao povo que se emprenhou.
Este grupo de trabalho agradece, publicamente, a colaboração de diversas instituições e pessoas do concelho da Mealhada, nomeadamente a da Junta de Freguesia de Antes, por todo o material cedido e motivação passada, a da Junta de Freguesia de Ventosa do Bairro e ainda da Câmara Municipal da Mealhada pelo seu Sistema de Informação Geográfica actualizado e pela sua cedência a munícipes "estrangeiros".
Obviamente também se deve referir o apoio da Câmara Municipal de Anadia naquilo que lhe foi possível fazer do muito que poderia ter feito e da Junta de Freguesia de Tamengos pela disponibilidade e empenhamento na mobilização da população.
O Grupo de Trabalho:
Arsénio Almeida
Alfredo Matos
Sérgio Bandeira
Filomena Morais
Arsénio Almeida
Alfredo Matos
Sérgio Bandeira
Filomena Morais
9 de fevereiro de 2010 às 17:06
Claro que a condenação da freguesia de Tamengos, começou quando o prof. LM disse, que o TGV não o preocupava muito, porque tinha duvidas que se fizesse, dada a condição economica do pais... agora, ele que se atravesse, como atravessou com a questão das urgencias em Anadia, e com a questão da sub-estação do Paraimo; tudo materia LM, que o povo teimou em colocar no poleiro.
E bem!
Agora manifestem-se, que pelo menos convivem uns com os outros, porque o TGV, esse já saiu da estação...
9 de fevereiro de 2010 às 23:08
Bem que estranhei o "nosso" Sérgio Bandeira andar desaparecido do ASG :) Óh Sérgiooooo.. Bom trabalho! E todos nós, com muita garra e resultados q.b. ;)
10 de fevereiro de 2010 às 01:41
Isto não dá para tudo...
E as coisas importantes devem assumir um papel prioritário.
Quando está em causa a defesa de valores, património natural, cultural, turistico e social e, principalmente, a qualidade de vida das pessoas, devíamos ser todos solidários e apoiar estas populações.
"Todos" talvez seja demais... no mínimo quem é pago para isso e assume essas reponsabilidades com a sua população...
10 de fevereiro de 2010 às 16:33
O TGV só interessa aos espanhois e ao loby do cimento.
Pensem é em melhorar as linhas regionais.
10 de fevereiro de 2010 às 16:35
1. A reavaliação do lançamento dos projectos combinados do Novo Aeroporto de Lisboa e das Linhas Férreas de alta Velocidade tem que ser feita no quadro do agravamento das condições financeiras nacionais, especialmente devido á degradação dos níveis de confiança na economia portuguesa e na nossa capacidade de endividamento. Esta degradação, que se está a acentuar rapidamente ,é directamente responsável pela elevação dos juros, que acabam por tornar incomportável o financiamento requerido pelos "Grandes Projectos". Esse é o pretexto invocado para a revisão e redução de projectos em curso, mas serve de justificação tardia para algo que já devia ter sido feito, e só não foi por via da demagogia eleitoralista. De facto o TGV é uma falsa necessidade, de raiz, e nem seria necessária a ocorrência da crise financeira internacional para tornar evidente o seu carácter supérfluo.
2. No caso do TGV a disparidade entre o custo e o retorno seria já previsível antes das eleições – mas foi sempre menorizada, para não dizer escondida, quer do ponto de vista financeiro próprio quer do ponto de vista da inviabilização de outros investimentos importantes nas áreas da saúde e educação, por mero exemplo.
Não cabe aqui uma avaliação de todos os impactos – ambientais, locais, regionais - que estes projectos podem provocar. É de reconhecer, entretanto, que muitos especialistas independentes, incluindo alguns dos ministros das finanças anteriores se mostraram desde logo cépticos e negativos a tais projectos
3. Como «Elefante Branco» principal podemos encarar facilmente as 2 linhas internas do TGV, Lisboa –Porto, e Porto – Vigo, que as análises mais optimistas revelam ser absolutamente supérfluas – e não há maneira de serem rentabilizadas pela sua exploração. São um gasto inútil. É esta a conclusão que tem obtido o consenso dos especialistas independentes.
4. Como elemento político a corromper ocultamente quaisquer decisões claras e consentâneas com a realidade objectiva, há que destacar a necessidade de financiamento dos Partidos e da respectiva Classe política, através do mais que conhecido «sistema de luvas e comissões». É este o factor principal da obtenção de conclusões favoráveis à realização destes projectos por «Gabinetes de estudo» ou Consórcios empresariais que deles imediatamente vão beneficiar, em primeira linha, e, depois, o «dono da Obra», os políticos.
O essencial para eles é garantir a aprovação institucional para avançar, no quadro da legalidade existente. O «esquema» funcionará depois, oculto na multiplicidade de trocas financeiras que hão-de decorrer durante e após a conclusão das sucessivas fases das obras…
5. A oposição ao desenvolvimento destes projectos exige uma larga frente no terreno, de populações e empresas prejudicadas, directa ou indirectamente. É um objectivo a encarar ultrapassando o quadro meramente partidário e constitui um bom exemplo de um dos objectivos concretos para a luta de uma Oposição Nacional resolutamente dirigida pelos militantes nacionalistas.
15 de fevereiro de 2010 às 00:01
A medir pelos comentários, o LM tem toda a razão: o TGV não interessa a ninguém, não é tema de preocupações dos munícipes, logo não deve ser tema de interesse do executivo.
15 de fevereiro de 2010 às 11:03
Porquê mexer em problemas que nos pode trazer "chatices" quando quem deveria "chatear-nos" não o faz?