Monte Crasto - um problema
5/07/2011 04:58:00 da tarde Publicado por Jolly Jumper
PERGUNTA/REQUERIMENTO
Exmo. Senhor
PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE ANADIA
Considerando que:
1) O problema já se arrasta há vários anos, tendo sido feito, inclusivamente, investimento por particulares, no parque infantil que ladeia o cemitério e capela, no Monte Crasto.
2) No entanto, por inércia do executivo, o respectivo parque mais não é do que um depósito de lixo, com todos os equipamentos já obsoletos.
3) Atrás desta atitude inaceitável, veio o vandalismo, tanto no cemitério, como na capela, tornando um local que num passado recente era aprazível, numa espécie de beco mórbido, onde poucos se atrevem a entrar de dia, quanto mais de noite.
4) Acresce que, em toda a cidade de Anadia não existe um único local que seja para as crianças poderem brincar.
Os Deputados Municipais do CDS-PP requerem a V. Ex.ª, nos termos regimentais, que a Câmara Municipal de Anadia os informe, por escrito e dentro dos prazos legalmente estabelecidos:
- Que medidas estão a ser tomadas para a resolução urgente desta situação?
O GRUPO MUNICIPAL DO CDS-PP DE ANADIA
8 de maio de 2011 às 10:58
O CDS é a única força de oposição em Anadia, deveria era perguntar ao presidente da câmara como é que ele explicar ter 1/3 do ordenado penhorado... Mas o que terá andado o senhor a fazer?!
9 de maio de 2011 às 23:34
Que eu saiba, o grande problema é a maior parte do Monte Crasto pertencer a particulares...
E há uma coisa que me anda a irritar na linguagem utilizada: existem lugares para as crianças brincarem, o que não existe é um local que cumpra todas as regras para ser chamado de parque infantil e que tenha espaço para as crianças correrem e fazerem as suas traquinices em segurança. Um bocadinho de clareza e realismo no discurso político só fazia bem...
12 de agosto de 2011 às 15:53
Caro Hakeem;
O que irrita na realidade é fazerem-se tantas obras em Anadia e NINGUÉM NUNCA se lembrar das nossas crianças. Acha que o espaço é suficiente, por acaso? Espaço de facto não falta mas...e o resto? Vou pôr o meu filho a escorregar em cima de um saco plástico num qualquer encosta relvada de Anadia? Não....vou antes para a Melhada, gastar gasoleo...mas com a certeza de que dou ao meu filho a diversão que tanto merece. Percebe a minha visão das coisas? N tem nada a ver com politiquices, mas sim com a realidade nua e crua pq de politiquices, está o povo FARTO!
19 de agosto de 2011 às 23:54
hautamaki, antes de mais repito o que já disse antes: eu não sou caro nem barato. O meu nick é simplesmente Hakeem. Não é falta de educação tratarmo-nos por tu na internet, especialmente se assinamos com um nickname, embora o tratamento por voçê seja igualmente válido e educado.
Em Anadia existem espaços exíguos para as crianças, como atrás dos edifícios amarelos ou pouco depois do Repuxo (na direcção da Póvoa do Pereiro). Claro que aqueles espaços, apesar dos baloiços e afins, não têm qualidade (espaço, piso, etc e tal...) para serem chamados de parques infantis. Mas onde é que vamos fazer verdadeiros parques infantis? É bom que fique esclarecido senão alguém da Câmara ainda vai achar que o local certo para um parque infantil é junto ao Estádio...
Os terrenos da Câmara ficam fora da malha urbana. Os terrenos arborizados que existem dentro da cidade, e que podiam ser convertidos em parques urbanos, pertencem à Santa Casa da Misericórdia de Anadia ou a particulares, e esses não estão dispostos a perder dinheiro em nome do bem comum. O Monte Crasto é, em grande parte, de particulares que devem estar a pedir couro e cabelo pela capela que lá existe e não sei se não existe lá algum património arqueológico. O Monte Crasto tem ainda a agravante de não morar praticamente ninguém nas imediações. Seria mais um projecto ao estilo do cine-teatro: um grande investimento mas desligado do resto da cidade...
Esta campanha constante do CDS sobre o Monte Crasto só dá mais importância aos privados que têm lá terrenos, e no fim sobrevaloriza aqueles terrenos. Além disso, acho que o parque da cidade tem um local com um potencial para o desenvolvimento da malha urbana muito melhor: os terrenos da Misericórdia entre o Museu Luciano de Castro e o Centro de Dia (incluindo já o campo de futebol que lá existe) mais os terrenos agrícolas que vão até ao novo parque de estacionamento e aquela casa senhorial que está à venda à meses. Um parque desses valorizaria a zona de maior densidade populacional de Anadia e seria um incentivo à revalorização (privada) daquele casario e armazéns decrépitos por trás do BPI e da Câmara (são dos últimos espaços de construção naquela zona...). E a casa senhorial podia servir para um café de apoio, uma biblioteca de verão, uma nova sede da banda de música (a sede actual está a cair aos pedaços...), um espaço de exposições, uma Casa da Cultura, etc...
Vou pedir ao hautamaki (e aos anadienses em geral) o favor de calcorrear aquela pequena travessa que começa ao lado do Museu e acaba na Av. das Laranjeiras, e que depois digam o que é que vêm e o que é que conseguem imaginar para aquela zona... E não se esqueça(m) de ver tudo o que existe ali à volta e calcular a quantidade de gente que mora nos edifícios que conseguem ver.
Creio que o hautamaki terá reparado que eu levei o assunto do parque infantil para o parque da cidade, porque me parece que as duas coisas têm de ser pensadas em conjunto. Os pais também querem ter um tempo de lazer enquanto tomam conta dos filhos. Chama-se a isso qualidade de vida, e parece-me a única solução que Anadia tem para crescer populacionalmente, visto que não se prevê nenhuma revolução nas redes de transportes (viárias e ferroviárias) que servem Anadia.
PS: Já que este texto me saiu tão bem, vou postá-lo também no meu blog. O hautamaki (e quem quiser) pode continuar a comentar aqui, que eu vou alterar o texto de forma a não ser uma resposta. Mas atenção que eu vou voltar às férias e só olho para blogues depois do dia 31. Continuação de um bom Verão! :))
20 de agosto de 2011 às 00:00
Já agora, eu acho o parque de Mogofores preferível ao da Mealhada. Garanto ao hautamaki que a frescura daquelas árvores é deliciosa nesta altura do ano e ainda poupa no gasóleo.
Quanto às politiquices: é o que temos. A realidade actual é esta e é nesta realidade que é preciso trabalhar. Se quer alterar alguma coisa, convém que defina os seus objectivos em função do que existe e do que acha que é possível fazer.