Matou prostituta drogado e com medo da SIDA
10/05/2011 05:03:00 da tarde Publicado por Jolly Jumper
O homem de 36 anos que estrangulou até à morte uma jovem prostituta romena, em Anadia, justificou o acto tresloucado por estar drogado e a vítima lhe ter dito que tinha SIDA quando mantinham relações sem protecção.
A versão contada ontem em tribunal por P. Rocha, mostrando-se “muito arrependido”, contrariou depoimentos seus na fase de inquérito que constam da acusação, segundo a qual não chegou sequer a haver sexo no encontro mantido na residência do arguido, em Couvelha, por recusa da mulher.
No entanto, de acordo com o homicida confesso, a prostituta de apenas 20 anos ficou “nervosa por não ter droga” mas “acalmou” e anuiu manter relações. “O preservativo saiu, só parei quando ela disse que tinha SIDA e aí exaltei-me por poder ficar com a vida desgraçada”, contou.
No meio da discussão, ainda segundo o relato do arguido em tribunal, a vítima atirou-lhe com gás pimenta e deram-se as agressões fatais. “Agarrei-a pelo pescoço, não me lembro bem como”.
Nos autos de apreensões das buscas da Polícia Judiciária (PJ) de Aveiro não consta qualquer objecto com gás paralisante.
A rapariga caiu na cama “e não se mexeu mais”. Apercebendo-se que estava morta, P. Rocha levou o cadáver na bageira do carro e lançou-o num silvado, debaixo do pontão da auto-estrada do Norte (A1), em Oiã, no vizinho concelho de Oliveira de Bairro.
No dia seguinte, o serralheiro foi trabalhar para uma obra, na praia da Barra, Ílhavo, onde seria detido pela PJ. Confessaria o crime e indicou o local do corpo.
Telemóvel pode ajudar a provar depoimento
O colectivo chegou ontem a activar o telemóvel do arguido, apreendido à ordem do processo, e confirmou chamadas no dia do crime, a 14 de Desembro do ano passado.
Nas horas anteriores, o homem terá contactado uma conhecida de Águeda com quem alegadamente consumiu droga (heroína e cocaína) antes de marcar encontro com a romena. “Tinha ido levar a minha namorada ao aeroporto e sentia-me livre”, contou, garantindo que ficou “alterado” pela droga.
O tribunal vai tentar contactar a presumível fornecedora da droga para depor como testemunha, tendo ainda pedido a presença, na próxima audiência, do clínico que fez o relatório das faculdades mentais de P. Rosa.
Aquando da detenção, a PJ admitiu que o homicida, actualmente em prisão domiciliária com vigilância electrónica, tivesse agido por motivações passionais, por ter criado uma “obsessão” pela romena, devido à sua juventude e beleza, a quem recorria desde há meio ano regularmente. Mas em tribunal, assumiu ter mantido pelo menos dez encontros durante “meses”.
Publicado em Notícias de Aveiro
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O ASG parece o jornal O Crime nestes últimos posts.