Mulher sequestrada à saída do trabalho

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Agressores vendaram-lhe os olhos e obrigaram-na a efectuar dois levantamentos em caixas Multibanco
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Uma funcionária das Caves Aliança, em Sangalhos, Anadia, foi sequestrada, à saída da empresa, por quatro indivíduos que a vendaram e obrigaram a efectuar dois levantamentos de dinheiro em outras tantas caixas de multibanco.

Quando saiu do trabalho, cerca da 1h30 de ontem, e entrou no carro para regressar a casa, Gisela (nome fictício) estava longe de imaginar que iria viver uma longa madrugada de terror. Tinha acabado de entrar no automóvel, colocando a chave na ignição, quando, de repente, um carro com quatro indivíduos parou atrás dela. De lá saíram dois dos indivíduos que se dirigiram à sua viatura, partindo-lhe o vidro.

Ainda sem tempo para perceber o que se estava a passar, Gisela viu um dos bandidos empurrá-la para o banco do passageiro e ocupar o seu lugar ao volante, enquanto o cúmplice entrou para o banco traseiro. Sem lhe dar tempo para qualquer reacção, os dois sequestradores vendaram a mulher e arrancaram. Sem nada ver Gisela andou vários quilómetros até parar numa primeira caixa de multibanco onde foi obrigada a efectuar um primeiro levantamento em dinheiro. Nessa altura pensava que o pesadelo estava no fim, mas foi puro engano.

Os criminosos queriam mais e, por isso levaram-na de volta ao carro, prolongando o desespero da mulher, que naquela altura já receava pela sua vida. Sempre de olhos vendados andou mais alguns quilómetros até uma outra caixa ATM, onde foi obrigada a efectuar novo levantamento em dinheiro.

Finalmente a noite de terror estava quase a terminar. Os bandidos levaram-na novamente para o carro e arrancaram, circulando mais alguns quilómetros até Cantanhede. Aí pararam e saíram do carro, entrando na viatura dos cúmplices colocando-se em fuga.

Gisela necessitou de vários minutos até se recompor. Apesar de fragilizada e apavorada, por causa de tudo o que teve de passar, arranjou forças, e conduziu até ao posto da GNR de Sangalhos onde foi pedir socorro.

A muito custo contou tudo o que passou, mas foi incapaz de descrever os locais onde esteve, uma vez que esteve sempre de olhos vendados. Desconhece-se a quantia roubada, mas, estima-se que poderá rondar os 400 euros, uma vez que as caixas ATM apenas permitem dois levantamentos diários de 200 euros, cada. O caso está a ser investigado pela PJ de Aveiro.
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Noticiado em Diário de Coimbra